O conceito de Magia Wicca que se conhece atualmente, surgiu
com os Celtas no período neolítico nas regiões da Irlanda, Inglaterra e País de
Gales, atingindo posteriormente a Itália e a França. Apesar do povo celta ter
se espalhado por terras tão distantes, seus costumes não se fragmentaram. Pois
o idioma, a arte e a religião sedimentavam a base cultural.
A raiz filosófica e espiritual dos celtas era baseada no
Druidismo, uma religião politeísta que reverenciava duas divindades principais:
a Deusa Mãe (chamada de Ceridwen), que representa a criação e
a fecundação onde todo o universo se originou; e seu filho, o Deus Cornífero (chamado de Cernunos), o pólo masculino que
representa a fertilização.
A única forma de alcançar as divindades era mantendo uma
estreita relação com a natureza. Até mesmo o calendário era orientado através
da natureza. Os celtas realizavam festivais ritualísticos celebrando suas
divindades, praticavam a agricultura e a cura através das ervas.
A iniciação nos mistérios druídicos durava em média 20 anos
e os ensinamentos eram transmitidos oralmente, pois temiam que a palavra
escrita pudesse se tornar veículo de Magia incontrolável.
Ao se espalhar pela Europa, os celtas levaram suas crenças
nativas que se combinaram ao conjunto de crendices local, dando origem ao conceito
primitivo da Wicca.